Neste mês, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) entregou ao mercado 29,58 milhões de barris por dia (bpd) de petróleo.
À medida que as instalações líbias se recuperavam da agitação e os membros do Golfo aumentavam o bombeamento para desfazer um acordo de corte de extração com aliados, a produção de petróleo da Opep subiu em agosto para seu nível mais alto desde os primeiros dias da pandemia em 2020, mostrou uma pesquisa nesta quarta-feira (31).
Segundo o estudo, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) bombeou 29,58 milhões de barris por dia (bpd) neste mês. Este é um aumento de 690.000 bpd em relação ao mês anterior e o nível mais alto desde abril de 2020.
A OPEP e seus parceiros, que juntos formam a organização conhecida como OPEP+, estão trabalhando para eliminar os cortes de produção que foram implementados em 2020, quando a epidemia estava em pleno andamento, apesar de muitos deles não conseguirem entregar todos os volumes. Desde o início do ano, a produção não aumentou no ritmo previsto pela OPEP+.
A modificação mais recente do acordo da OPEP+ para apagar completamente os cortes que foram implementados em 2020 exigiu um aumento de 648.000 bpd de todos os membros da OPEP+ no mês de agosto, incluindo cerca de 413.000 bpd dos dez países da OPEP que foram participando.
De acordo com a pesquisa, os dez membros da Opep aumentaram sua produção em 300.000 bpd desde julho, mas ainda estão bombeando consideravelmente menos do que o necessário. Isto deve-se ao fato de muitos produtores não conseguirem aumentar a produção devido à insuficiência de investimento em campos petrolíferos.
A produção do grupo ficou abaixo da meta de agosto em 1,4 milhão de barris por dia, em comparação com um déficit de 1,3 milhão de barris por dia em julho.
Na segunda-feira, a Opep e seus aliados realizarão uma reunião, e fontes indicaram que os cortes de produção prospectivos sugeridos pela Arábia Saudita na semana passada podem não ser iminentes. Em vez disso, espera-se que coincidam com a retomada de mais suprimentos iranianos no caso que um acordo nuclear seja assinado.
A produção na Líbia, um dos países isentos dos acordos de produção da Opep, registrou o maior aumento em agosto, atingindo 400 mil barris por dia (bpd), após uma recuperação no final de julho após o conflito no país.
A Arábia Saudita, que também é o maior exportador de petróleo do mundo, contribuiu com o segundo maior montante, que foi de 100 mil bpd. No entanto, todas as fontes de pesquisa, exceto uma, estimaram que a produção do reino era inferior aos 11 milhões de bpd que era obrigado a produzir.
A pesquisa pretende acompanhar a oferta à medida que ela chega ao mercado. Ela é baseado em dados fornecidos por fontes de terceiros, como dados de streaming do Refinitiv Eikon, informações de rastreadores de navios-tanque como Petro-Logistics e informações fornecidas por fontes de empresas petrolíferas, OPEP e empresas de consultoria.