Uma medida da saúde do mercado de criptomoedas pode ser encontrada na oferta e demanda por stablecoins.
De acordo com um relatório de estudo publicado na terça-feira (30) pelo Morgan Stanley, a capitalização de mercado do valor total das duas stablecoins com maior participação de mercado, Tether (USDT) e USD Coin (USDC), começou a cair mais uma vez.
O valor atual é cerca de 10% menor do que era em abril. Segundo o banco dos EUA, a queda é uma evidência de que o “aperto quantitativo” dos mercados de criptomoedas foi retomado.
Quando bancos centrais como o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) reduzem o tamanho de seus balanços, este é um exemplo de aperto quantitativo. O objetivo do aperto quantitativo é evitar que a economia fique muito quente, removendo liquidez do sistema financeiro.
De acordo com o banco, a disponibilidade e demanda por stablecoins é uma medida da liquidez do mercado de criptomoedas e do desejo por dívida. Portanto, há perda de liquidez sempre que há queda na capitalização.
Existe um subconjunto de criptomoedas conhecido como stablecoins, cujo valor está atrelado a outro ativo, como dólar americano ou ouro. Por serem indispensáveis ao ecossistema de criptomoedas, uma oferta diminuída é indicativa de condições financeiras mais rigorosas no setor.
O banco sugeriu que as flutuações na capitalização de mercado do USDC podem ter sido responsáveis por elevar o preço do Bitcoin (BTC) nos últimos dois meses. Eles sugeriram que isso pode ter ocorrido devido ao fato de as instituições usarem a stablecoin como um empréstimo para comprar outras moedas.
O Morgan Stanley informou que observou poucos sinais de que a alavancagem estava novamente se acumulando no ecossistema de finanças descentralizadas (DeFi). A frase “finanças descentralizadas” (ou “DeFi”) é um termo abrangente que pode ser usado para se referir a qualquer tipo de produto financeiro gerado em uma blockchain, em vez do uso de intermediários tradicionais.
