Um relatório publicado no fim de semana indicou que o emissor de stablecoin USDT tinha um balanço patrimonial precário.
As alegações feitas pelo Wall Street Journal em um artigo publicado no sábado (27) foram negadas pela Tether, empresa que emite a stablecoin USDT. De acordo com as informações fornecidas no artigo, a publicação acredita que o balanço financeiro da empresa de criptomoedas é vulnerável, e que mesmo uma pequena redução na quantidade total de ativos pode resultar na “insolvência técnica” da empresa.
O Tether declarou em comunicado publicado em seu site nesta terça-feira (30) que os títulos do Tesouro dos EUA têm sido o principal ativo seguro por muitas décadas. Além disso, afirmou que é o emissor de stablecoin mais confiável e aberto do mercado, e assumiu o compromisso de começar a fornecer atestados mensais a partir de janeiro, apesar de ter sido criticado por não ter uma auditoria formal.
De acordo com um artigo publicado no Wall Street Journal, os ativos da Tether, que estavam em US$ 67,7 bilhões em agosto, implicam que um declínio nos ativos de apenas 0,3% pode resultar em “insolvência técnica”.
O fracasso da stablecoin algorítmica TerraUSD (UST), que resultou na perda de valor de mercado de 18 bilhões de dólares e trouxe a classe de ativos criptográficos no foco da atenção dos reguladores, levou a um declínio vertiginoso no valor das stablecoins este ano. O colapso do ecossistema Terra teve um efeito dominó em todo o mercado, levando ao fracasso de várias empresas que operam no setor. Essas empresas, que incluíam a Celsius Network, a Voyager Digital e a Three Arrows Capital, pediram falência nos meses seguintes.
Durante o mês de maio, o preço do USDT sofreu um breve declínio para US$ 0,95, à medida que surgiram preocupações crescentes sobre a viabilidade das stablecoins. O Tether negou os relatos de que os fundos de hedge estavam vendendo o USDT por centenas de milhões de dólares no mês de junho. Esses relatórios surgiram logo após Tether negar as alegações.